segunda-feira, 27 de abril de 2009

Arrocherie

Acho que tenho vergonha.

E acho que não sei o que fiz.



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texto - mariele góes
leitura - mariele góes
música - cebola pessoa

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Homo Erectus

Um luxo só! Para entrar para a pré-história. Digo assim: essa animação brilhantemente feita à mão pelo carioca RODRIGO BURDMAN em cima do meu conto "HOMO ERECTUS" (extraído do livro "BaléRalé", Ateliê Editorial, 2003). Sem contar a fenomenal narração do grande PAULO CÉSAR PEREIO. Encostem os ouvidos e olhos nesta aventura gráfica-sonora e bora-embora.



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texto - marcelino freire
animação - rodrigo burdman
narração - paulo césar pereio

terça-feira, 21 de abril de 2009

La Caverna

A Caverna: numa escuridão, estão presos os homens. Enjaulados, só conseguem olhar para o que está diante dos seus narizes. Nada de passeios, nada de ver a luz do dia. O dia, escuro sempre, se resume a ver passarem as sombras de um mundo distante. Mas estes homens não sabem sequer o que são sombras, porque não conhecem sequer a luz! As palmas para Platão, merecidas, nos levam a carregar dentro de nós um pouco destes homens: será que vivemos cerrados dentro de um calabouço de ecos, de sombras, em que aquilo que vemos é somente o que nós temos na nossa frente? Por que meus companheiros não me vêem? Por que não sou eu aquele que pode criar isto que chamam de sombra? Por que não posso, eu mesmo, ser a luz? A luz, branca chega cega, não pertence a este lugar, a esta caverna. Precisa-se, então, sair. Agora.




Vencedor do melhor curta universitário do festival Nontzefilm 2008 (Espanha).

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elenco - joaquin navamuel
produção & realização - edinaldo mota, garazi erdaide, mireia casadevall, nina neves, ticiane bicelli
direção artística - esther camacho
orientação - rosa martins sabarís [facultad de ciencias sociales y de la comunicación, universidade del país vasco, espanha]
trilha sonora - emerson taquari ["poema percursivo"]

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Boca

Entrada e saída.


acompanhe lendo


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texto - joão vinícius
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

domingo, 19 de abril de 2009

Poesia de outrora



Momentos vividos em outra época, palavras escritas agora, no presente. Poesia de outrora.

Texto saudosista. Uma espécie de fusão entre poema e prosa. Uma costura de pensamentos e lembranças de uma infância cada vez mais distante.

"Quando criança, como ninguém, sonhava ser alguém... Sem saber."



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foto - mariele góes
texto - gabriel camões
leitura - gabriel camões
música - joão vinícius

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Poesia Suja (Ato II)


De repente, a poesia perdida não está nas palavras, a sujeira não está na estrutura ou conteúdo, muito menos no lirismo...




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montagem - joão vinícius
texto - joão vinícius
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

terça-feira, 14 de abril de 2009

Poesia Suja (Ato I)


A Busca pela beleza perdida, a poesia não é mais bela, repentinamente desapareceram com ela e, pela escolha de dois caminhos, partindo de onde fora vista pela última vez, inicia-se a caçada, esta, dividida em três atos.



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montagem - joão vinícius
texto - joão vinícius
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Poema de um dia qualquer

É lamentável notar que alguns lutam sempre pela mesma causa. As causas deveriam mudar com as calças, pois é difícil ser rebelde sem elas. A vida é órfã de razão e propósito. Talvez seja por isso que tudo é absurdo quando visto, dito e observado fora do contexto original. Nada faz sentido depois de passado algum tempo. Os livros de Kafka estão velhos e caducos. Que me venham leitores revoltados! Os observadores estão cegos e dizem que o romantismo é o meu forte, o deboche também. Poema de um dia qualquer é uma dessas coisas, inteiramente, fora do contexto.


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leitura - robson carneiro
música - joão vinícius

domingo, 12 de abril de 2009

Eu corro

17h. O sol já não maltrata tanto. O ponto de partida pode ser o Porto da Barra. De início o aquecimento na baulastrada, em seguida uma corrida normal, como tantas vezes já havia feito e, como tantas outras, normal apenas no começo, até as lembranças e vozes internas te questionarem.

EXORCISAR É PRECISO!

Aumenta-se o ritmo, a corrida já não é mais na calçada, é no asfalto, é dada a largada, uma competição entre você, seus tormentos e os carros. A alma se solta, ganha asas e você já não acompanha o compasso dos pés tocando o chão.


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texto - danilo rohrs
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

sábado, 11 de abril de 2009

Pra mim, pra você

No final, como nem sempre o que sobra são flores, e muito menos bens materiais, o que resta são os desejos a serem repartidos.


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texto - joão vinícius
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Poesia sua

Transpirar é saudável. O suor parece um inconveniente, mas é um processo. Poetar também é saudável. A poesia parece diferente, mas também é um processo. Funkear também é saudável. O funk parece inconsequente, mas é um processo, por que não? Transpirar é preciso. Recitar não é preciso. Poesia com suor e uma pegada de funk soa como algo autêntico, ou melhor dizendo... SUA como algo autêntico.

Transpira, sua, transpira, sua... A poesia que já não é minha. Nem sua. A poesia sua...



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texto - gabriel camões
leitura - gabriel camões
música - joão vinícius e gabriel camões

terça-feira, 7 de abril de 2009

Madame Bovary (excerto)

Madame Bovary, romance escrito pelo francês Gustave Flaubert [1821 - 1880], é uma importante obra da literatura universal. Precursora do realismo, conta a história de Emma, uma mulher casada que tenta fugir da monotonia nos braços de outros homens. Não que Emma seja uma libertina, ela é apenas mais uma mulher iludida pela fábula do príncipe encantado.

Mas literatura não tem a ver apenas com o que se conta -- como se conta essa história é tão ou mais importante. E o trecho que reproduzimos abaixo é uma prova de como Flaubert sabia usar as palavras. 152 anos após sua publicação, o texto continua cheio de frescor. Um frescor que nunca se esgotará.



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texto - gustave flaubert
leitura - breno fernandes
música - cebola pessoa

domingo, 5 de abril de 2009

O Grande Gatsby (excerto)


Reunião do coletivo, 28/03. Eu e Breninho conversávamos sobre literatura, saquei O Grande Gatsby da minha estante e Breninho se lembrou de uma passagem do livro que lhe tocava demasiadamente. Após 20 minutos da procura pelo trecho, por entre as 221 páginas da edição da Abril Cultural de 1980, ele o achou, leu-o para mim. E era tanta a sinceridade com que lia, que incorporava o narrador, que parecia que o próprio Fitzgerald, desencarnado há 68 anos, lhe sussurrava os ouvidos. Não pude deixar passar aquele momento. Baseado em outra obra do próprio Fitzgerald, A Era do Jazz, desenvolvi uma atmosfera que se assimilasse a ela.



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imagem - francis cugat [capa da primeira edição de o grande gatsby, 1925]
leitura - breno fernandes
música - joão vinícius

Odisseia

O amor, o amor...


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texto - breno fernandes e joão vinícius
leitura - joão vinícius
música - joão vinícius

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ensaio Geral (A Cidade)

Precisamos de algo mais engajado com nossa realidade moral e administrativa. Além do mais, acho que nossos contemporâneos cresceram cercados de heróis aposentados. E, apesar de termos vivido passagens interessantes na nossa cidade do Salvador, creio que muitos se esqueceram algumas delas, como a greve dos policiais de 2001, a invasão pela polícia na faculdade de direito da UFBA no mesmo ano, greves de ônibus..

Saliento-as para justificar que o que passamos não é menos romântico do que as passeatas que "esquecemos" de participar na década de sessenta. Infelizmente, apenas estas serão bravadas nos inflados e inflamados discursos dos futuros líderes de movimentos estudantis.


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letra & música - joão vinícius