quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não-Lugar

Lembro que quando ouvi pela primeira vez a expressão "Não-Lugar", não sabia quem a tinha criado e tinha apenas uma vaga idéia em relação ao que ela se referia. Mas gostava de como ela soava ao ser dita. Fui buscar respostas mais elucidativas sobre o conceito no nosso oráculo moderno (O Google) e descobri o Marc Augé, antopólogo francês que escreveu "Não-lugares: Introdução a uma antropologia da supermodernidade". Aproveito a oportunidade para indicar a leitura a todos que sofrem de "inquietude aguda".

Nestes não-lugares, mesmo estando só, não há escolha: Você estará junto a outros, desconhecidos, compartilhando de um instantâneo e estranho sentimento de pertencimento, seja estando num aeroporto alemão, num supermercado americano ou num shopping japonês. Ali você construirá uma relação contratual que legitimará ou não sua permissão para ir e vir, através do que o Marc Augé chamaria de "símbolos da supermodernidade"; que seriam os cartões de crédito, os talões de cheque, passaportes, enfim, elementos que permitem seu acesso, comprovam sua identidade e o autorizam a fazer seus deslocamentos impessoais... Mas desde que você esteja bem-apessoado.



[ficha técnica]

texto -
gabriel camões
leitura - gabriel camões
música - joão vinícius

2 comentários:

Anônimo disse...

Bom ouvir o Gabriel fazendo barulho! Texto bacana!

Paula: pesponteando disse...

gostei do lugar...ei de voltar mais vezes!!!!!!!