A primeira vez que falei esse poema foi há duas semanas atrás no Corujão da Poesia da livraria Letras e Expressões lá do Leblon. Eu costumo iniciar de forma bem alegre a visualização do espetáculo que é essa mulher, e da sensação de fama e brilho e barulho e espanto que ela causa. Depois minha voz toma um aspecto mais duro, se envolvendo com o silêncio, revelando minimamente as cenas finais. Lá no Corujão, quando as cenas do poema chegaram ao fim todo mundo ficou em silêncio. Pensei que tivesse ofendido alguém (às vezes penso que esse texto é uma piada suja, gratuita, completamente idiota), tanto que por poucos segundos fiquei parado, olhando pro povo, querendo repartir a angústia que é chegar ao fim desse poema. Dei dois passos pra trás e assim foi. Aplausos. Os amigos vieram. Tem um buraco de bala no centro do livro.
[ficha técnica]
texto - gabe pardal leitura - gabe pardal produção musical - gabe pardal e joão vinícius edição -alberto grosso
Lembra daquela história de que um grupo de amigos
que se conheceu no colégio ou na faculdade resolveu se
juntar para formar uma banda? Pois é... Esqueça a banda.
Aqui um grupo de amigos resolveu se juntar com um único propósito:
fazer barulho.
MUITO BARULHO POR NADA, além de ser uma honrosa menção
ao mestre Shakespeare, é também uma forma de (não) deixar clara a despretensão
que permeia esse projeto. Aqui vale fazer barulho com tudo: música, prosa, poesia, literatura, cinema, teatro, conversas, risos, espirros, roncos e o que mais a improvisação nos sugerir.
Nada mais a declarar.
Muito Barulho a fazer.
"O resto é silêncio", como diria o camarada Hamlet...
Um comentário:
êba lêlê!
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