domingo, 8 de março de 2009

Perifton


Nunca bebo antes do meio dia, sempre achei que pegava mal, mas o bar abre às oito e eu estava mesmo afim de uma sinuca. Já reparou a quantidade de coisas que fazemos ou deixamos de fazer por simples convenção? Das coisas mais banais às decisões mais importantes de nossas vidas, muitas delas são condicionadas por coisas que nem sequer acreditamos, a começar pela idéia fixa de que todo mundo precisa estudar para ser rico. Eu desperdicei minha adolescência estudando coisas que não me ajudaram em nada com os reais problemas da vida, fiz uma faculdade na qual aprendi muito pouco sobre quase nada. Mas a vida ainda tinha suas surpresas, eram 14h e entrava pelo bar um velho amigo que já não via há muitos anos, um dos poucos que aturava o meu mau humor, seu nome era Garcia, mas os amigos o chamavam de David, porque ele tinha um olho de cada cor, como o “Camaleão”.

De primeira ele não me reconheceu, passou direto por mim e foi ao balcão pedir por cerveja e cigarros.

-- Vou acompanhar esse rapaz numa cerveja, garçom, desce duas.

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texto - danilo rohrs

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